Psiquiatra

Especialização em Psiquiatria Infantil
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Fique de olho! Dica de Pediatra!

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A saúde do seu bebê (teste do pezinho)


O que é o teste do pezinho?

O teste do pezinho é uma maneira de conhecer o organismo do bebê e verificar se existem algumas doenças que podem comprometer o seu desenvolvimento normal. O bebê pode estar com aparência e comportamento normais nesta fase da vida, porém estar acometido de alguma doença que irá se manifestar mais tarde, ocasionando sérios danos a sua saúde.

Como ele é feito?

É um procedimento simples e que não traz riscos para a criança. São coletadas gotas de sangue do calcanhar (daí o nome do teste) e colocadas sobre um papel filtro. Pode, também, ser coletada sangue da veia. O período ideal para coletar o sangue é a partir do 3º dia de vida. No caso de prematuros as amostras devem se obtidas após 5 dias de vida. O importante é que já tenham decorrido, pelo menos, 24 horas depois da primeira mamada. Embora esse exame possa ser feito em qualquer idade, não é recomendável depois do 3º mês, porque alguns testes não são aplicáveis após essa idade.

Quais doenças são pesquisadas?

É possível a pesquisa de um grande numero de doenças. A pesquisa de algumas doenças é, inclusive, obrigatória por força de lei, como é o caso da fenilcetonúria, hipotiroidismo congênito e hemoglobinopatias.

Teste do pezinho simples: os exames são efetuados neste grupo são: PKU, cromatografia de aminoácidos, estudo das hemoglobinas, TSH, T4, 17-OH-progesterona e ITR.

As doenças rastreadas por esses testes são:

Fenilcetonúria: distúrbio genético que acomete 1/1000 recém–nascidos, no qual um dos aminoácidos do leite pode prejudicara saúde do bebê, causando retardo mental grave.

Hipotiroidismo Congênito: doença metabólica que acomete 1/4000 crianças, onde a falta dos hormônios produzidos pela glândula tireóide causa deficiência mental e retardo no crescimento.

Anemia falciforme: as hemoglobinopatias são doenças causadas por anormalidades na estrutura ou na produção das hemoglobinas. Crianças com hemoglobina anormal S apresentarão anemia e suscetibilidade a infecções.

Hiperplasia Congênita das supra-renais: é um erro inato do metabolismo dos hormônios esteróides com incidência de 1/5000 nascimentos. Pode levar a desidratação aguda e ambigüidade nos órgãos genitais: masculinização do feto feminino e incompleta masculinização do feto masculino.

Fibrose Cística: doença genética que acomete 1/3000 recém-nascidos. O comprometimento é extenso, principalmente problemas respiratórios e gastrintestinais.

O resultado deste teste é definitivo?

Não. Estes testes são de rastreio. Os resultados suspeitos ou anormais devem ser complementados por outros mais acurados, sendo freqüente haver a necessidade da coleta de mais material para complementar ou para confirmar alguns dos exames do teste do pezinho. Converse com seu pediatra. Ele poderá fornecer maiores informações.

Fonte: Instituto de Análises Clínicas de Santos ( IACS)

Licença-maternidade de seis meses já, em 2009!

Comemorando a grande conquista da licença-maternidade de seis meses, que o Presidente Lula anunciou que vai sancionar nos próximos dias, o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Dioclécio Campos Júnior, fez mais um pleito ao Governo: que os benefícios já possam ser usufruídos pelas mais de três milhões de crianças que deverão nascer no próximo ano. Aprovado pelo Congresso Nacional, o projeto de lei originado da parceria entre a SBP e a senadora Patrícia Saboya autoriza a administração pública federal a conceder o benefício para suas servidoras e isso poderá ocorrer imediatamente após a sanção. Mas para que a proposta entre em vigor para a iniciativa privada, é preciso que a renúncia fiscal já calculada pelo Governo seja incluída no orçamento de 2009.
É que os dois meses a mais de licença (além dos quatro já estabelecidos pela Constituição) são opcionais e terão o custo ressarcido integralmente às empresas que se inscreverem no Programa “Cidadã”. Segundo o ministro Mantega, se todas aderirem, o valor será de cerca de R$800 milhões por ano. De acordo com o dr. Dioclécio, há um “desencontro de prazos de encaminhamento” que pode fazer com que a nova lei entre em vigor apenas em 2010 para as trabalhadoras das empresas privadas. No entanto, há também “simpatia” no Governo para resolver a questão. O presidente da SBP tem mantido contato com o Presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, com o líder do Governo, Henrique Fontana, relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, e com a Casa Civil, além do Gabinete da Presidência da República, onde protocolou o pedido no dia 26 de agosto. “Todo esforço é pouco, em vista do direito das crianças”, disse.
O Projeto de Lei 2513/2007 foi aprovado em outubro de 2007 pelo Senado e no dia 13 de agosto, pelo plenário da Câmara dos Deputados. Dr. Dioclécio e a senadora Patrícia Saboya têm assinalado que a ampliação da licença é importante para possibilitar os benefícios de um começo de vida saudável, com os cuidados e o ambiente afetivo adequados, e com a nutrição ideal, que é o aleitamento materno. “Os seis primeiros meses são insubstituíveis e repercutem em toda trajetória do indivíduo”, salienta o presidente da SBP. A proposição beneficia também as mães adotivas.
Além do mais, no documento dirigido ao chefe de gabinete do Presidente Lula, Gilberto Cavalho, dr. Dioclécio ressalta que “cabe considerar que o SUS gasta anualmente 400 milhões de reais só para hospitalização de crianças com pneumonia e diarréia, despesa que sofrerá redução drástica com a prorrogação da licença-maternidade e o conseqüente aumento na duração do aleitamento materno exclusivo – prática natural que protege a criança contra as doenças mais comuns nos primeiros anos de vida e diminui o risco de muitas enfermidades na fase adulta. Sem falar dos ganhos econômicos intangíveis que surgirão, a médio e longo prazos, como produtos do declínio da violência social, conforme sugerem os estudos científicos de James Heckman, prêmio Nobel de economia”.
Motivados pela campanha “Licença-maternidade: 6 meses é melhor!”, 98 municípios e 11 estados já garantiram a conquista para as suas funcionárias públicas. Em Campo Grande (MS), aprovado pela Câmara, o projeto está nas mãos do prefeito. Em Cuiabá (MT) e São Paulo (SP), os prefeitos enviaram as propostas para as câmaras de vereadores. Várias empresas adiantaram o benefício para suas trabalhadoras, mesmo antes da nova lei e da renúncia fiscal.